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Essa Musica Me Lembra…

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Ninguém pode negar o poder devastador do tema de musical de Titanic (2000). Nem sei quantos baldes chorei até hoje ao som de My Heart Will Go On. E é só começar a ouvi-la que vem a triste lembrança de como o Jack morreu traiçoeiramente nas águas geladas do oceano porque Rose estava precisando de um pouco de espaço na relação deles… se é que você me entendeu?

“Que poder místico é esse que a musica consegue criar sobre nossos sentimentos, atos e percepções? Como uma única canção pode nos perseguir pela vida toda e transportar para lembranças que achávamos esquecidas a muito tempo? Seria a musica algo tão importante assim para a nossa vida? Bem, isso e muito mais você verá hoje no Globo Repórter…”

Trocadilhos a parte, não consigo disser nenhuma canção que não arremeta a algum lugar, pessoa ou momento da minha vida. Algumas realmente tristes de se ouvir, outras um balsamo, mas todas são um pedaço dessa trilha sonora da minha vida. Não existe um mistério sobre isso senão o fato de associarmos nossos hits preferidos à algum momento marcante em que a ouvimos e isso se tornou algo inesquecível. Exemplo é a musica Just The Way You Are do cantor Bruno Mars. Foi a primeira coisa que ouvir quando conheci meu atual namorado, logo, toda vez que a ouço, do lado da letra, está grampeada a foto dele. Outro caso é a Musica Eu Quero Sol Nesse Jardim do Catedral que sempre será uma recordação muito feliz do dia que conheci a cidade de Santa Teresa, aqui no Espírito Santo.

Mas elas também podem trazer momentos tristes à tona. Ouvir Hero da Mariah Carey trás a tona a morte de uma pessoa muito querida para mim. Mas isso não quer dizer que ela seja uma canção melancólica. Acredito que ela seja a melhor recordação de alguém.

O importante nisso tudo é saber quais momentos você quer “ouvir” novamente. Como musicas que passam por um processo de repaginação, reviva certas fases da vida de novo, regrave algumas coisas e aprenda a viver sem ficar se remoendo por dentro enquanto o CD Player fica rodando a mesma melancólica canção que lembra o ex-namorado.

O bom da vida é que podemos mudar sempre a nossa trilha sonora por novos hits, até mesmo uma coletânea.

Uma Lição De Amor (2001)

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O que é preciso para amar?

Eu juro que pensei em muitas coisas inteligentes para responder essa pergunta. Mas às vezes nem sempre são as respostas mais especiais as mais certas, ou as corretas as mais deslumbrantes. O que precisamos para amar é uma grande pergunta de um simples pensamento. Esse é um segredo que nos esquecemos com o passar do tempo, como nós lembrar do amor. Nem sei a ultima vez que pensei sobre o assunto. Acho que foi há muito tempo atrás. Antes de conhecer a mim mesmo e antes de me tornar uma pessoa retardada. Sim, realmente acho que todos os adultos são estúpidos. E que de vez em quando fujo da minha própria estupidez e me mistura no meio das pessoas realmente “espertas”. Costumamos chama-las de “especiais” porque são diferentes de nós, mas não sabemos o porquê. Isso tanto faz, porque elas sabem.

A palavra especial tem muitos significados, mas a minha preferida é a expressão “única”. Pessoas especiais são especiais realmente. Sabem, a sua forma, ser únicas por toda vida.

Afinal, quem não conhece alguém assim?

Porque elas emanam amor, mesmo quando sofrem, porque disso que elas são feitas. Amor. Porque gente especial gosta de ir ao parque, gosta de ser feliz, não inventa tristezas e obrigações. Tentam, erram e esta tudo bem. Não existe algo para remoer em seus corações. Não conhecem o medo, a maldade ou a ingratidão. Não precisam disso pra viver. E somente os retardados, como eu, preferem ser sempre importantes para os outros antes de serem para si próprio. E esse diferencial as torna diferentes.

Essa é a verdade. Para amar é preciso ser diferente, ser especial e único. As vezes ter dificuldade em se expressar, caminhar ou viver. Mas sempre ser feliz. Pensamos que não, mas o amor da conta de tudo sozinho, e o resto é idiotice, coisa da nossa cabeça deficiente e retardada que não ouve o coração quando ele quer falar. No final, acho que é “Uma Lição De Amor” aprender a ser como eles.

Sinopse

Sam Dawson (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Porém, assim que faz 7 anos Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, e esta situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato. A partir de então Sam enfrenta um caso virtualmente impossível de ser vencido por ele, contando para isso com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita o caso como um desafio com seus colegas de profissão.

Até Mais, e Obrigado Pelas Críticas!

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O telefone tocou enquanto eu terminava mais um post no blog. Era Jessy ligando-me e era impossível não atende-la, uma velha amiga.

– No que posso lhe ser útil, amiga?

– Cris, tem um cara detonando com você e seu blog no facebook? – disse ela com o habitual ar sínico, sua marca registrada.

Por alguma razão isso não me preocupou tanto quanto poderia à alguns anos atrás, quando o simples sorriso de alguém enquanto explicava um trabalho para a classe toda poderia me lançar num abismo de vergonhas e horror.

***

A Critica é uma velha conhecida.

Durante muito tempo mantive dentro de mim, ideias, pensamentos, sonhos e talentos aprisionados por medo da opinião pública. Isso limitou muito quem eu viria a ser nos próximos anos, atrasando meu autoconhecimento pela tolice de ouvir demais algumas pessoas ou pelo o que poderia ser dito.

Todos têm esse medo do que possam achar de nós. Medo de ser alvo dos comentários maliciosos na escola, os murmurinhos no banco de trás na igreja e os dedos apontados no meio da rua. É algo terrível ser o centro das atenções, alem do mais, visto como um idiota bancando o macaco de circo.

Mas afinal de contas, o que você acha de si mesmo?

A nossa opinião sempre fica abaixo de qualquer outra. Nunca temos certeza do que iremos fazer se essa coisa for algo a mercê do que os outros irão achar. E isso é errado!

A nossa escolha, o nosso pensamento tem de ser o primeiro a ser relevado, criando um crivo por onde passaremos perguntas como: “Eu gosto disso? Isso me torna feliz? Independente do que acharem, vou sempre continuar em frente?”. Isso não é um “Achismo” descontrolado, é a simples valorização de quem você é realmente. Não ter limites e ser indestrutível as criticas negativas, de único proposito de nos manter no fundo do poço, calados e quietos.

Mesmo cheio de erros, defeitos e manias, faça o que bem entender, somente não prejudique ninguém e respeite o desejo dos outros de ser o que eles desejam ser. No demais, seja alguém sem limites!

***

– Cris, você ainda está ai? – Acabei me esquecendo da jessy no telefone por alguns segundos.

– Sim, amiga! – disse eu voltando do transe – Bem, isso é bom, pelo menos tenho outro novo leitor dos meus erros diários!

E rimos daquela ironia.

Morto!

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“Eu vou morrer”, era a única coisa que eu conseguia pensar naquele instante.

Todos estavam sentados e aturdidos por causa daquela cena. O tempo ficara imóvel e ate mesmo o som irritante das suplicas daquele idiota estendido no chão, suplicando pela própria vida parecia ter perdido seu sentido. Eu só podia ouvir o meu coração batendo acelerado enquanto o cano da arma se estendia do braço firmemente em direção a minha testa. Sim, isso aconteceu a muito tempo atrás, mas eu ainda me lembro bem de ter morrido aquele dia.

De uma forma resumida, houve um roubo na radio onde eu trabalhei no Rio Grande do Sul. Esse fato aconteceu durante o dia, quando muitas pessoas circulavam pela radio, poderia ser qualquer um. Mas o diretor teria de culpar alguém, então porque não garoto que havia pedido demissão aquele dia?

Ele sempre guardara uma pistola e eu sabia. Nunca imaginei que levaria a serio aquilo, usar aquela arma. No entanto me enganei e ela estava apontada para mim. Todos os funcionários da radio estava desesperados, diziam não saber de dinheiro algum, mas ele não se importava, desejava descobrir quem o havia roubado e eu era o principal suspeito.

Eu não havia pegado o dinheiro e desconfiava firmemente que ele nunca existira, era somente um truque frustrado para me incriminar e se vingar por deixa-lo na mão logo na hora que mais precisava de mim.

Somente uma coisa passava pela minha cabeça. O medo, o terror de morrer. Eu entrei em transe e não consigo me lembrar do que aconteceu entre aqueles minutos a não ser a sensação de estar morrendo aos poucos.

Ele abaixou a arma. Desistira daquele interrogatório e todos foram embora, nunca mais o vi, muito menos a pistola, mesmo assim, até hoje sinto ter morrido aquele dia e ter voltado a vida de uma forma diferente. Naquele dia, descobrir que todos estávamos mortos e vivos ao mesmo tempo, por isso, cada segundo é único. Nossa razão mortal existe e vivemos esquecendo isso em troca de uma falsa ilusão de imortalidade. Precisei da culatra fria encostada na minha cabeça para perceber isso. Tenho uma arma apontada para cabeça todos os dias, a qualquer momento ela pode disparar e nada é inevitável. Por isso aproveito a vida intensamente, amo intensamente e existo intensamente.

Lembre-se disso quando sentir um sonho morrendo. É o gatilho sendo apertado cada vez mais rapido sem você perceber e quando todos os sonhos sumirem, você também ira desaparecer. Um tiro certeiro e sem volta.